Durante coletiva à imprensa, na manhã desta quarta-feira (20), o diretor administrativo da Transul, Humberto Arantes, explicou minuciosamente as modalidades que possibilitam os reajustes tarifários do transporte urbano coletivo. Numa delas, ele ressalta que, em função do volume de passageiros transportados e da quilometragem rodada, e dos demais insumos que oneram os custos da empresa, a Transul entrou com pedido de revisão tarifária, conforme o previsto em contrato de concessão, assinado com a Prefeitura. De acordo com os cálculos, a tarifa a ser praticada seria de R$ 4,20, na embarcada, e de R$ 4,18, na antecipada, o que representaria um aumento no percentual de 24,55%, sobre os valores.
No entanto, o prefeito Antonio Ceron, apesar de reconhecer que a revisão das tarifas seria legalmente aplicável, considerou o percentual solicitado, excessivo. Diante disso, após a análise da equipe técnica da Prefeitura, optou em conceder um reajuste de 9,21%, elevando o preço das passagens para R$ 3,80, na embarcada, e de R$ 3,64, na antecipada, pelo cartão. Os novos valores passam a valer no dia 1º de janeiro de 2018.
O percentual foi autorizado, de forma a recompor os custos que sofreram expressiva majoração nos últimos 12 meses. O óleo diesel, por exemplo, teve alta de 17,63%. Já os pneus, 9,78%; peças e acessórios, 7%; e o preço dos ônibus, em 8,39%. Além disso, foi preciso considerar também a majoração dos salários, em 6,80% e da diminuição do volume de passageiros, em 4,88%, entre outros, como foi o caso do incremento da frota operante, de mais três carros, e da quilometragem rodada.
Conforme lembra o diretor administrativo da Transul, Humberto Arantes, apesar do reajuste concedido, a tarifa praticada em Lages seguirá sendo uma das mais baixas de Santa Catarina.
Fotos: Paulo Chagas