Relato do jornalista Paulo Chagas a partir das visitações na lendária Fazenda
Impressiona saber que poucos lageanos conhecem o Hotel Fazenda Pedras Brancas, localizado literalmente no quintal de Lages. Ou seja, logo ali, na saída para São Joaquim. Um lugar exuberante, mais bem aproveitado por quem vem de longe.
Pois, estive lá muitas vezes, e confesso que a cada nova visita fico ainda mais fascinado com o que ouço, vejo e registro. Um lugar que Lages deve se orgulhar por ele existir. Um lugar para ser visitado nem que seja para simplesmente almoçar ou conviver com a natureza, e curtir as opções de lazer que a Fazenda oferece. Se puder pernoitar, melhor.
Estou escrevendo isso com o sentimento buscado no fundo do coração. Pois, a Fazenda se funde com a história de um passado recente, contada em detalhes pelo historiador Ader Godoi. Ele consegue relatar os acontecimentos que originaram a família Gamborgi, e a própria fazenda, a partir do casamento do lendário Vicente com a dona França. Tudo, muito fascinante.
Aliás, o que torna ainda mais fascinante é o local das contações, exatamente na cozinha de chão, ainda original, e decorada com os mais variados utensílios utilizados no dia a dia da fazenda naquela época. Ao estar nesse lugar, o imaginário nos leva a uma viagem ao passado.
Também a forma com que seu Vicente conheceu a esposa, escondido da força imperialista nos idos 1900 em uma fenda ou caverna das conhecidas pedras brancas. E de lá, do alto, poder controlar todos os acontecimentos na planície dos campos, e da velha estrada, hoje, SC 114. E está tudo lá para o seu próprio testemunho. Coisas que aconteceram, num tempo de revolução, e com seu comércio saqueado Vicente Gamborgi foi obrigado a fugir e se esconder.
Isso tudo pode ser rememorado ao visitar a Fazenda, conhecer o Museu da Família Gamborgi, e remontar a história. E, claro, ver de perto o centenário carvalho que serviu de abrigo por muitos anos aos tropeiros, e convívio comercial entre eles e o seu Vicente.
Imaginar que estas pedras brancas se formaram, segundo geólogos, três mil anos antes de Cristo. E que neste lugar vidas passadas se revezaram com o passar dos anos na luta pela sobrevivência. Nessa passagem as pedras abrigaram índios, escravos fugitivos, bandidos, ou seja, gente de várias origens. Dá para sentir a energia que as pedras emanam.
Assim, entre amigos e com a família, tenho tido o privilégio de ter vivenciado momentos tocantes junto a centenária Fazenda, pioneira no turismo rural no Brasil. Inclusive, o por do sol do alto das pedras. Oportunidade de aproveitar todos os encantos que ela oferece, desde o mais simples até o mais sofisticado. Cavalgadas, caminhadas, contações do histórias, ocasiões místicas do simbolismo indígena, entre outras maravilhas, como a gastronomia campeira, e como disse, muito próximas dos lageanos e dos catarinenses.
Encerro dizendo que está sim, tudo muito perto, a oportunidade de conviver não só com as especiarias do turismo rural, mas também a paz da natureza, e todos os causos verdadeiros muito bem relatados.
E por fim, a Fazenda tem inovado. Dado aos visitantes, oportunidades múltiplas tais como o Baile de Máscaras no Carnaval entre outros eventos. O mês de março reserva outras surpresas que também serão contadas neste espaço. Visite a Fazenda, e comprove tudo isso que eu disse aqui. É o meu testemunho!
Artigo: Paulo Chagas
DECEPÇÃO
FOTOS DO SITE E INTERNET NÃO SÃO COMO A ATUAL SITUAÇÃO.
Primeiramente quero agradecer o atendimento da Andreza, funcionária do Hotel, formada em Turismo e Hotelaria, que tá fazendo um esforço tremendo para atender bem aos hóspedes e realizar seu trabalho adequadamente, sem muito sucesso, pela falta de uma administração competente.
Reservamos o hotel no período de 24 a 26 outubro, para 6 pessoas. Inicialmente escolhemos esse Hotel por ser uma referência na região e pioneiro, com uma linda história. Tudo funcionava adequadamente com a proprietária, até que, um pouco antes da pandemia, o hotel foi arrendado.
O proprietário atual, justifica o abandono ao hotel, como crise na pandemia, o que não dá pra acreditar, sendo visível a falta de cuidado, capricho e bom gosto.
Fizemos contato com o hotel dias antes da reserva, perguntamos sobre o Parque de Atrações que é parceiro deste hotel e, nos informaram que estava em perfeito funcionamento. O problema é que o responsável pelo parque não apareceu para atender os hóspedes… o tal “Passarinho” apareceu no domingo, com cara de poucos amigos e, nem para se desculpar e oferecer seus serviços no último dia da hospedagem da maioria.
Dois dias antes da hospedagem, tentamos ligar inúmeras vezes e enviamos whatsapp, com algumas dúvidas, sem sucesso nos contatos. Partimos para o hotel levando um cachorrinho pequeno e, ao chegar, a primeira notícia: quem leva animais de estimação não pode ficar nos quartos e só nos chalés, onde o acesso é fora do prédio principal. Ainda bem que havia chalé vago, caso contrário, teríamos que ter ido embora.
O hotel está abandonado totalmente, o acesso do prédio principal aos chalés não tem iluminação. Os hóspedes utilizam as lanternas do celular para se locomover. Esses acessos são de cimento, onde a maioria está quebrado. Instalações elétricas precárias, com amarrações e fios soltos pelo hotel. O mato está tomando conta, mesa de pebolim e sinuca, estragando no tempo embaixo de uma simples cobertura de telhado, que não protege de chuvas de ventos. A plataforma de cimento onde estão as mesas, são quebradas com desníveis, não dando segurança a quem se aventura a jogar, mesmo faltando algumas bolas! A cancha de bocha está desativada e com um freezer horizontal apodrecendo no tempo. O rio que seria atração para pescaria, tem umas varinhas de bambu, sem anzol, sem isca e sem estrutura para utilizar, com somente 2 espreguiçadeiras de metal enferrujadas.
As condições dos chalés está deplorável… cheiro de mofo, falta pintura, sujo, camas horríveis, chuveiro elétrico com pouca água. Não fizeram a limpeza do chalé, pois tínhamos que deixar a chave na recepção e não fomos orientados. Este é um outro ponto, as regras não são enviadas, não tem nos quartos, não recebemos.
Após o jantar de sábado uma prima minha ficou no meu chalé ate as 23h, e ao ir para o seu quarto, no prédio principal, o acesso aos quartos estava fechado com chaves. Foram 30 minutos no frio, chamando e batendo na porta até o dono do hotel aparecer para abrir a porta. Isto porque não conseguimos contato via telefone.
Quem tem criança, esquece o parquinho. Os brinquedos estão quebrados, sem pintura e enferrujados. A casinha de madeira é só para animais peçonhentos.
Sem atividades, nada pra fazer… cavalgada com pangarés, totalmente sem graça. E uma tal de trilha nas águas bentas, abençoadas, algo assim, que na hora do café alguém gritou quem queria ir, sem nenhum tipo de explicação do que seria. Claro que ninguém topou.
A comida é gostosa, apesar da pouca variedade. Sexta e sábado foi servido o mesmo tipo de carne e pobre de quem não come carne vermelha. Somente domingo teve frango assado…
No domingo conversamos com a Andreza, que nos informou que o dono do hotel estava na propriedade e, solicitamos conversar com ele pessoalmente. O recado foi que ele entraria em contato conosco pelo whatssap. Aguardei durante esta semana, sem sucesso, por isso, no dia de hoje, deixo meu alerta a quem está se preparando para uma viagem relaxante!
Eles estão dando golpes o Nome dele é Leonardo Brognoli e Camila Barsanulfo, eles fazem reservas com o hotel fechado