Para garantir que o Estado repasse ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages, o complemento do teto da Política Hospitalar Catarinense Covid-19, o deputado estadual Marcius Machado (PL) apresentou, no início desta semana, um pedido de informação destinado à Secretaria de Estado da Saúde.
“Considerando que o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, ainda não recebeu o complemento do teto da Política Hospitalar Catarinense Covid-19, proposta 23542, quero saber qual é a previsão de pagamento e por que ainda não foi realizado ainda o pagamento do referido incentivo”, explica o deputado.
Em 21 de março, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), anunciou que pagaria aos hospitais filantrópicos de Santa Catarina o teto estabelecido pela Política Hospitalar Catarinense, como medida para auxiliar nos gastos com a contenção da pandemia de Covid-19. Passados três meses, o Nossa Senhora dos Prazeres ainda não recebeu a verba prometida pelo Estado.
A Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC) confirmou que o repasse ainda não foi feito para o hospital de Lages. Segundo o órgão, o status do pedido consta com “Em Reanálise – Técnico” desde o dia 8 de maio.
A diretora administrativa do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Andreia Maria Berto, explica que a primeira parcela deveria ter sido repassada a instituição em maio, porém, o pagamento ainda não foi feito. Segundo ela, a parcela com valor superior a R$ 63 mil, é ansiosamente esperada, pois será utilizada para manter o funcionamento do hospital.
“Esse valor, com certeza, nos ajudará muito no dia a dia do hospital. Com a pandemia, tivemos que deixar muitos leitos fechados especificamente pra atender pacientes com Covid-19. Além disso, vários procedimentos eletivos, sejam particulares ou pelo SUS, não puderam ser realizados. Com isso, o faturamento do hospital caiu muito, mas continuamos com o quadro de profissionais e com toda a estrutura aberta e funcionando, o que demanda custos. Essas parcelas que viriam a mais vão nos auxiliar muito na manutenção do hospital, pra que consigamos manter tudo aquilo que a gente já oferece pra população”, completa.