“Como escreveu Umberto Eco: Quando o outro entra em cena, nasce a ética””, ressaltou Aldo. “Por isso é tão relevante confrontar as fontes de notícias com a deontologia dos jornalistas. Em uma matéria jornalística, a ética está lado a lado. Ou seja, jornalista e fonte são colocados frente a frente para apurar as responsabilidades, os conflitos, direitos, equívocos e, inclusive, as promiscuidades de um fato”, explicou.
Segundo o palestrante, o jornalista segue a ética da convicção. Já a fonte segue a ética da responsabilidade. “Se o jornalista está convicto que tal fato aconteceu ele vai publicar. Mesmo que ocorra algum problema. Pois, se guia por aquilo que acha certo. Já a fonte mede a consequência do que faz e do que fala. Relatar um fato é assumir responsabilidades, e toda fonte sabe disso”, afirmou.
Aldo fez questão de ressaltar que nunca a ética foi tão importante, ainda mais que a sociedade passa por tempos em que a notícia virou um produto a venda. “Agora mais do que nunca o jornalista precisa ser arrogante. Não arrogante de “se achar superior”. Mas sim, arrogante do verbo arrogar. Arrogar para si. Tomar para si um poder que não tem. Pois a sociedade assinou com ele um contrato tácito de confiança”.
Para terminar Aldo deixou uma grande responsabilidade aos acadêmicos: “Como jornalista é preciso fazer o que o jornalismo é. E não o que você ou outra pessoa acha que é”.
Texto: Débora Bombílio / Assessoria Uniplac | Fotos: Débora Bombilio / Assessoria Uniplac e Dionata Costa / Jornalismo Uniplac